quinta-feira, 7 de maio de 2009

MISSÃO SE FAZ COM ORAÇÃO. E COM JEJUM TAMBÉM!

“E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disso o Espírito Santo: separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a Obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” (At 13:2-3)

José Martins disse, corretamente: “A oração é a essência da obra missionária. Não é só uma atividade necessária ao sucesso da Obra – é a Obra em si. É a prática mais missionária possível, quando vivida de maneira bíblica.”
É evidente que Martins não quer dizer que oração e missões são a mesma coisa, mas, sim, que devem vir interligadas uma à outra. Nunca é demais enfatizar a importância da prática da oração na obra missionária.
Quando o Espírito Santo ordenou que a igreja de Antioquia separasse Paulo e Barnabé para a obra a que os tinha chamado, os crentes estavam em oração. Essa verdade está, respectivamente, implícita e explícita em Atos 13:2-3.
Implicitamente porque o versículo 2 diz o seguinte: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando...” Pelo fato de a igreja estar jejuando, subentende-se que ela também estava orando. Seria incoerente pensar que uma igreja que estava adorando a Deus e jejuando não estivesse em oração. Nem toda oração é feita com jejum, mas todo jejum bíblico é feito com oração. Além disso, temos uma evidência explícita de que a igreja de Antioquia realmente orava naquela ocasião: “Então, jejuando e orando...” (v 3). Não sabemos ao certo se o jejum do v 3 é o mesmo do v 2. Mas, pela urgência do chamado do Espírito, tudo indica que sim. Todavia, se esse jejum é ou não o mesmo, isso não importa. O importante é saber que a igreja de Antioquia era uma igreja de oração, que fazia da oração a base de sua missão.
É provável que o exemplo dessa igreja tenha marcado positivamente o ministério de Paulo, que sempre foi um homem de oração e recomendava às igrejas que orassem por ele e pela expansão do evangelho de Jesus Cristo.
Agora, mais do que simplesmente orar, a igreja de Antioquia era uma igreja que exercia a prática do jejum. É impressionante a ênfase de Lucas sobre o jejum. Em Atos 13:2, diz que a igreja jejuava, mas não menciona a oração, embora saibamos que ela também orava. Em Atos 13:3, a palavra “jejuando” está na frente da palavra “orando”. No texto grego é a mesma coisa: nestéusantes kai proseuxamenoi. A ordem das palavras é significativa e não pode ser menosprezada, como parece fazer a maioria dos autores que consultamos.
A ênfase de Lucas é importante por, pelo menos, duas razões:
1) Não devemos pensar que a igreja de Antioquia jejuava porque trazia resquícios do judaísmo. Absolutamente. Primeiro, Lucas era gentio (provavelmente da cidade de Antioquia da Síria) e, por isso mesmo, qual seria o seu interesse em dar tanta ênfase sobre uma prática estritamente judaica? Segundo, a igreja de Antioquia foi uma das igrejas mais antijudaicas do passado, no que se refere às práticas religiosas do judaísmo. Direta ou indiretamente, o concílio de Jerusalém, conforme Atos 15, foi realizado por causa desse antijudaísmo-cerimonialista.
2) Acreditamos que Lucas fez questão de enfatizar a prática do jejum para mostrar que o jejum e a oração não são incompatíveis na vida de uma igreja e, também, como essa prática tinha valor (e ainda deve ter) em uma igreja verdadeiramente missionária.
Se muitas das nossas igrejas, hoje em dia, têm deixado de praticar a oração, de rogar ao Senhor da seara, para que envie mais trabalhadores ao campo, de interceder pelos missionários e pela obra missionária de modo geral, o que dizer então, da prática do jejum?
Acredito que, até agora, as igrejas históricas não têm dado muito crédito ao jejum porque subestimam a importância dessa prática na vida do povo de Deus. Quantos membros jejuam? Muitos de nós mal oramos, diga-se de passagem.
Embora a Igreja primitiva tenha vivido momentos de muitas provações, nada indica que, naquela ocasião especial de Atos 13, a igreja de Antioquia estivesse jejuando e orando porque passava por momentos difíceis. Pelo contrário, o contexto próximo, mais precisamente o capítulo 12, indica que a Igreja Primitiva, de modo geral, estava vivendo um dos seus melhores dias. Pedro havia sido liberto milagrosamente da prisão e um dos maiores inimigos da igreja, o rei Herodes Agripa I, foi morto mediante a intervenção de um anjo do Senhor. Enquanto isso, “a palavra do Senhor crescia e se multiplicava” (At 12:24).
A igreja de Antioquia buscava a presença de Deus pelo simples prazer de estar servindo a Deus. E continuou assim quando enviou seus missionários e os sustentou com fervorosas orações. Que Deus conceda à Igreja brasileira a graça de ser uma Igreja que se alegre em estar em sua presença, intercedendo, dia após dia, pela obra missionária no Brasil e no mundo.

Por Rev. Josivaldo de Fraca Pereira – pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Bragança Paulista – São Paulo

Fonte: Revista Povos nº 3

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

VOCÊ ACHA QUE SER CRISTÃO É FÁCIL?

Se você é um cristão (acredita na Salvação através de Jesus) e segue os caminhos do Pai, cumprindo a Sua vontade e buscando aprender da Palavra, então por que pensa que pregar o Evangelho do Reino é moleza? Quem foi que te disse que servir a Deus é fácil?
E quanto às renúncias? E quanto às pressões daqueles que não creem em Jesus? Você realmente acha fácil? Aonde você leu na Bíblia que todo cristão tem que ser curado? Aonde você leu na Bíblia que todo cristão tem que ficar rico ou ter uma vida folgada (financeiramente)? Lembra do que Jesus nos ensinou em João, capítulo 18:36? “Respondeu Jesus: O Meu reino não é deste mundo. Se o Meu reino fosse deste mundo, os Meus ministros se empenhariam por Mim, mas agora o Meu reino não é daqui.”
Todos os apóstolos que andavam com Jesus morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que traiu Jesus e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na Ilha de Patmos, obteve a liberdade e morreu de morte natural.

Com os demais apóstolos ocorreu o seguinte:

Paulo - não era apóstolo, oficialmente, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra missionária nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.

Matias - Ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi matirizado na Etiópia.

Simão - O zelote, foi crucificado.

Judas Tadeu – morreu como mártir pregando o Evangelho na Síria e na Pérsia.

Tiago (o mais jovem) – pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.

Tiago (o mais velho) – pregou em Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.

Mateus – morreu como mártir na Etiópia

Tomé – pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.

Bartolomeu – Serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte.

Filipe – pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.

André – pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado.

Simão Pedro – pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a cabeça para baixo.

“Se perseveramos, também com Ele reinaremos; se O negamos, Ele, por sua vez, nos negará; se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a Si mesmo”. (2 Tm 2:12-13)

Fonte: Jornal Sal da Terra (julho/08)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

GLOSSÁRIO MISSIOLÓGICO

Termos e conceitos utilizados em missiologia:


MUNDO A - o esquema dos três mundos, usado por alguns missiólogos, refere-se ao mundo não-evangelizado, ou seja, a toda população que jamais ouviu falar de Jesus Cristo.
MUNDO B - o esquema dos três mundos, acima citado, faz referência ao mundo evangelizado, mas não-cristão.

MUNDO C - o mesmo esquema significa o "mundo cristão", ou seja, aqueles que se consideram cristãos, obviamente, todos os nominais.

JANELA 10/40 - é a região entre o Atlântico e o Pacífico, que envolve os paralelos 10 e 40 de latitude Norte, onde vive a maior população mundial com menos oportunidade de ouvir o Evangelho.

EVANGELISMO E0, E1, E2 e E3 - escala usada para medir a distância cultural que o missionário deve atravessar; desde a sua própria cultura, para evangelizar e estabelecer igrejas.

E0 - está relacionado à tarefa de ganhar para Cristo os filhos dos crentes.

E1 - refere-se à evangelização de cristãos nominais.

E2 - quando ocorre a evangelização de pessoas de uma cultura parecida, mas não idêntica à do missionário.

E3 - quando o missionário deve evangelizar pessoas de uma cultura diferente da sua.

TIPOS DE POVOS:

POVO ETNOLINGUÍSTICO - é um grupo étnico ou racial distinto de outros grupos que fala o mesmo idioma ou língua materna. Pode ser encontrado em um só país ou em vários.

MEGAPOVO - um povo etnolinguístico com população acima de um milhão.

MINIPOVO - um povo etnolinguístico menor. Muitas vezes, um grande povo etnolinguístico (um megapovo) contém vários minipovos. Do ponto de vista evangelístico, trata-se do maior grupo, dentro do qual o evangelho pode se espalhar por meio de um movimento de implantação de igrejas sem encontrar barreiras de entendimento ou aceitação. Um minipovo também é conhecido como "povo unimax".

POVO SOCIOECONÔMICO - um grupo humano cujos membros de sentem "ligados", por causa de algum tipo de afinidade: classe econômica, profissão, bairro, hobby, orientação política ou religiosa.


SEGMENTOS HUMANOS:

SEGMENTAÇÃO - é o processo de dividir a população do mundo em pequenos segmentos úteis a fim de que as estratégias missionárias sejam desenvolvidas de tal maneira que a evangelização dos selecionados se torne mais fácil. Alguns desses segmentos são: países, povos etnolinguisticos, grupos humanos e cidades.
PAÍS - as entidades geopolíticas (das quais 225 são membros da ONU) identificadas por suas fronteiras estabelecidas e governos mundialmente reconhecidos.
POVO (GRUPO HUMANO) - sociologicamente falando, um grupo de indivíduos significativamente grande e com afinidade comum, por compartilhar as mesmas características, como, por exemplo, idioma, etnia, religião, residência, profissão, classe social, casta, situações diversas, etc. Ou por apresentar a combinação de alguns desses fatores.
METRÓPOLE - cidade com uma população acima de 100 mil habitantes.
MEGACIDADE - metrópole ou cidade com uma população acima de um milhão de habitantes.
ALCANÇANDO UM POVO:
povo não-alcançado - um grupo humano (povo) no qual não existe uma comunidade interna de crentes disponíveis ou recursos suficientes para realizar uma evangelização efetiva e eficaz. Assim, os não-alcançados precisam de um esforço missionário de fora, principalmente transcultural.
povo fronteiriço - o termo enfatiza o quanto é necessário alguém atravessar certas barreiras culturais ou linguísticas que separam o povo dos demais onde já existe uma igreja que pode alcança-lo. É sinônimo de "povo não-alcançado".
povo oculto - esta denominação salienta que o grupo, falando em termos práticos, está fora de vista e consideração (atenção) da Igreja de Jesus Cristo, mesmo que se encontre dentro de seu alcance geográfico. É sinônimo de "povo não-alcançado".
povo não-penetrado - a expressão destaca a ideia de que existe a necessidade de um esforço missionário transcultural inicial, para que, somente depois, o trabalho evangelístico "normal" do povo tenha continuidade. É sinônimo de "povo não-alcançado".
movimento de povo - é quando determinado povo responde ao evangelho de forma tão positiva que produz uma conversão maciça.
movimento missionário - é quando uma igreja, implantada num campo missionário, transforma-se numa força que envia missinários transculturais para levar o evangelho a outros povos não-alcançados.
Fonte: Comibam/Sepal


País de acesso restrito, limitado ou criativo - país cujo governo limita, por razões políticas ou religiosas, a entrada de missinários estrangeiros que desejam se radicar. Frequentemente, tal acesso é limitado devido a cotas reduzidas para vistos missionários ou prazos de permanência cada vez mais curtos.

País fechado - país cujo governo fechou as portas para a entrada de missionários estrangeiros, negando-lhes visto de permanência.

Missionário bivocacional fazedor de tendas - missionário com profissão dupla que serve como profissional em um país de acesso restrito ou fechado e realiza, simultaneamente, um ministério evangelístico de tempo parcial.

Missionário não residente - missionário que serve em algum país de acesso restrito ou fechado e, por isso, não pode fixar residência, antes, desenvolve seu trabalho a partir de um país próximo, visitando, frequentemente, o país-alvo e realizando seu ministério de forma itinerante.
Fonte: Comibam/Sepal

Fonte: Revista Povos

domingo, 25 de janeiro de 2009

O MUNDO ESTÁ AGONIZANTE

Uma missionária na Índia escreveu sobre uma visão que teve quando deitada na cama.
Aos seus pés havia um precipício, um abismo, tão longo como o espaço. Havia um grande número de pessoas vindas de todas as direções que se dirigiam diretamente à borda do precipício. Todas elas eram totalmente cegas, alguns gritavam quando, de repente, caíam no abismo. Outras caíam silenciosamente.
Ao lado da borda do precipício havia placas aqui e ali, avisando do perigo eminente. Estavam muito espaçadas e, por isso, eram de pouca valia. As pessoas, em sua cegueira, caíam sem nenhum aviso. E a grama ao redor delas ficava tinta de sangue.
Ainda na visão, havia ao longe um grupo de pessoas sentadas debaixo das árvores em um bonito jardim, fazendo colares de margaridas. De vez em quando, pareciam preocupar-se com os gritos desesperados por socorro. Quando uma delas queria levantar-se para ajudar, era imediatamente impedida pelos demais, que diziam: “Por que se preocupar? Deve esperar que a chamem diretamente. Você nem terminou o seu colar de margaridas!”
Uma menina de pé à borda do precipício, sozinha, tentava corajosamente evitar que as pessoas caíssem nele, acenando repetidamente e avisando-as do grande perigo.
Era época de férias e os seus pais a enviaram para longe. Ninguém a substituiu. E, como uma cachoeira, as pessoas se precipitavam para o abismo. No jardim, o grupo cantava um hino.
Então, o som de milhões de corações despedaçados, ecoando em uma só gota de lágrima – em um só soluço – e o horror da profunda escuridão chegaram a mim, escreveu a missionária Dona Amy Carmichael. “Eu sabia o que era”, continuava ela. “Era o brado do sangue.”
“E ouvi a voz do Senhor dizendo: ‘o que tens feito? A voz do teu irmão clama a mim da terra.’”
A visão de um mundo agonizante e amortecido é alguma coisa que deve estar em nossas mentes e em nossos corações á medida que juntos aceitamos o desafio de Deus para missões mundiais – a grande tarefa ainda a realizar diante de nós.
Estamos preparados para pedir que Deus nos dê nestes dias tal visão de um mundo agonizante?


Fonte: Internet - Do livro “Missões e a Igreja Brasileira: a Vocação Missionária”.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

IDE... LEVAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA

“Se abrires a tua alma aos famintos e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia” (Is 58:10)

Que promessa bendita e gloriosa!
Enquanto isso... em uma das suas reuniões, nosso adversário dizia: “É preciso fazer com que eles parem imediatamente” – bradou satanás. Empreguem todos os expedientes que pus à disposição de vocês”. Empolgado, declarou: “Odeio qualquer forma de evangelismo, não as reuniões evangelísticas realizadas nas igrejas, essas são muito menos perigosas à nossa causa do que aquelas feitas por evangelistas intrépidos que atingem diretamente os nossos cativos. Por isso, ouçam-me vocês todos, fiéis meus: é preciso que eles parem imediatamente!”
Enquanto isso..., mais da metade do povo que hoje vive sobre a face da Terra, nunca ouviu o Evangelho, sem sequer uma vez!
Mais de 140 mil almas estão partindo para a eternidade a cada 24 horas.
O que faremos para que essa gente tenha a oportunidade de ouvir o Evangelho?
Constantemente, os cristãos ficam impressionados com o número de convertidos ou com os desdobramentos dos planos missionários. Mas esquecem-se que contrastando-se o vertiginoso aumento da população mundial com o número de conversões e os resultados de “todas as igrejas juntas”, o mundo está realmente voltando ao paganismo – e isso a passos de gigantes. Os fatos reais têm prognosticado um futuro com o império de religiões pagãs e de idéias ateísticas, se não se der já suprema prioridade à evangelização intensiva. Pessoalmente, o que você acha que pode fazer para ajudar a levar o Evangelho à sua geração?
Talvez possa fazê-lo começando por sua casa, seus amigos, vizinhos...
Você acha que basta ir aos cultos, fazer boas ofertas, e cuidar de seus próprios afazeres?
Você já ouviu dizer de uma pobre mãe que subiu ao topo de uma árvore bem alta e atirou-se ao chão, quebrando os seus ossos em morte sacrificial? Já ouviu? Bem, isso ainda se faz hoje na África. Por que? Porque morreu uma criança e o médico feiticeiro achou que a mulher era a responsável por aquilo. Diz que se a mulher for inocente, aquele salto da árvore em nada a prejudicará. Se morrer a mulher, fica provado que era a culpada e toda a povoação se ajunta para ratificar o julgamento.
Já ouviu dizer que numa ilha no Sul do Pacífico alguém colocou uma grossa corda no pescoço de uma esposa bela e jovem, e a fez morrer estrangulada, pouco a pouco?
Por que fazem isso? Por religião. Uma vez que o marido morreu, ela deve ser enterrada com ele. É o que os “sacerdotes” da religião delas determinam e exigem! E isso tudo é cumprido, sem contestação.
Ainda hoje, estão marcando com sangrenta crueldade os rostos de inúmeras crianças; estão circuncidando inúmeras meninas em rito pagão, e pessoas estão retalhando seus corpos; outros milhares andam de joelhos, alguns se conservam adorando o sol, as plantas e os animais; milhões estão clamando a deuses mortos, procurando em vão, por esse caminho; livrar-se dos seus pecados. Você está de acordo com isso? Acha que essa religião é boa para aqueles pagãos? Claro que não, mas eles não conhecem outro caminho, outra maneira de vida. Assim, agem conforme as luzes que têm.
A palavra do Senhor nos afirma: “Considera a tua aliança, pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de violência.” (Sl 74:20).
Um dos preceitos mais desafiadores já apresentados ao cristão é esse: a tarefa suprema da Igreja na evangelização do mundo. Como o fogo se ateia com o fogo, também a igreja existe pela evangelização, pelo ganhar almas. Quando a igreja perde o perdido, morre. Estará arruinada sempre que os seus membros deixarem de alcançar os perdidos.
Será que, como cristãos, estamos cientes disso? Será?
Para que existe no mundo a Igreja Cristã?
Ela não é uma companhia de seguros, à qual se pode pagar prêmios e se ficar inteiramente livre do fogo do inferno. A igreja não é um clube social, cujos membros se reúnem, ocasionalmente, para desfrutar da companhia uns dos outros, divertirem-se e trocar idéias!
A igreja de Cristo é uma instituição ganhadora de almas, a proclamar, a tempo e fora de tempo, que Jesus Cristo salva a todos os que se renderem a Ele. Ela é o farol, cujos raios da luz do Evangelho alumiam todos os cantos da Terra, mesmo os mais distantes e entenebrecidos. É um poderoso exército em marcha, cujos soldados estão resolvidos a invadir todas as pátrias para fazer tremular em cada nação a bandeira de Cristo! Como soldados do rei dos Reis, a tarefa dos cristãos não é construir fortes nem acumular reservas de munições, mas conquistar o território inimigo, para tomar deles um povo para o Seu nome (At 15:14).
Maomé não pode salvar, tampouco Confúcio, Buda, sacerdotes ou santos; nem mesmo Maria, a mãe de Jesus, o pode. Aliás, foi ela quem disse aos serventes em Cana da Galiléia: “Fazei tudo quanto Ele vos disser.” (Jo 2:5). “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, que devamos ser salvos” (At 4:12). Deus só teve um filho – Jesus Cristo – e Ele foi missionário, evangelista, pescador de almas. “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6). O sangue de uma geração pode ser requerido de nossas mãos. Esta é justamente a posição muito séria em que nos encontramos. Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? (Rm 10:13,14). “Mas em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Invalidando assim a Palavra de Deus pela vossa tradição que vos transmitistes; também muitas outras coisas semelhantes fazeis” (Mc 7:7-13).
Podemos começar hoje a contar a mais maravilhosa de todas as histórias. Em nome de Jesus comecemos hoje!

Fonte: Jornal Sal da Terra (Julho/2007).

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TESTEMUNHO DE UMA EX-MUÇULMANA

"'Você está morta para mim'. Essas foram as últimas palavras que ouvi da boca da minha mãe, quando fui expulsa de casa. E, por mais dolorido que esse momento tenha sido, lembro que só agradecia por ter conseguido pegar minha Bíblia...
Já fazia alguns meses que eu havia me tornado cristã e por ser de uma família muçulmana tive que esconder minha conversão. Todas as noites, depois que todos dormiam, eu ligava uma pequena lanterna e lia minha Bíblia. Esse era meu momento de comunhão, aprendizado e consolo.
Na maioria das vezes, perdia a noção do tempo e dormia apenas algumas horas. Mas de alguma forma, sentia-me revigorada e animada para os desafios de uma vida com Cristo.
Depois da minha expulsão fiquei cinco dias vagando de vila em vila, mendigando comida e abrigo. Novamente era à noite que encontrava consolo nas Palavras de Deus, e em todas as orações agradecia a Deus pela vida das pessoas que me deram aquela Bíblia.
Quando me converti secretamente na casa de uma amiga cristã, eles conseguiram um exemplar para mim, que havia sido levado de forma clandestina para o meu país. Fiquei imaginando o perigo que essas pessoas corriam ao contrabandearem Bíblias, e isso foi um grande incentivo para eu continuar firme na minha escolha de seguir a Cristo.
Após alguns dias, encontrei uma pequena comunidade cristã, mas em vez de receber o amor dos irmãos, me mandaram embora, achando que eu era uma armadilha para eles. Naquela noite chorei muito, mas, novamente, na Palavra de Deus encontrei o que precisava para enfrentar as dificuldades.
Depois de muita insistência a igreja abriu suas portas e eu pude ficar um tempo ali. O mais incrível foi saber que eles tinhas apenas uma Bíblia para toda a comunidade e que a maioria das mulheres era analfabeta.
E então, de suposta espiã, passei a ler a Bíblia diariamente para as mulheres daquela cidade. Minha Bíblia já está bem surrada, de tanto que uso, mas é nela que encontro as respostas, ou apenas consolo, quando meu coração se despedaça ao lembrar da minha família e de outros muçulmanos "que não sabem o que fazem".
E por causa da Bíblia, as últimas palavras que minha mãe ouviu de mim, quando fui expulsa de casa foram: "Deus te ama.""
(autora anônima)
Para a maioria dos cristãos ex-muçulmanos, a Bíblia é o único lugar onde encontram consolo, amor, exortação e esperança. É através da Palavra de Deus que muitos encontram o Corpo de Cristo, mesmo estando isolados e abandonados.
Por isso, não poupamos esforços para enviar Bíblia a esses irmãos.
Temos certeza que esse é o maior presente que você pode dar a esses irmãos: Bíblias!
Fonte: Portas Abertas.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

CREDO DE MISSÕES

01 - O propósito de Deus - Deus é soberano e tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo para fazer discípulos de todas as nações. E que apesar de nossas falhas, Seu reino está se expandindo. (Mt 25:19; Jo 20:21; At 15:14)
02 - A autoridade da Bíblia - Afirmamos que a Palavra de Deus como inerrante e infalível, sendo ela apenas, sob o poder do Espírito Santo, capaz de operar a salvação em cada cultura. (Rm 1:16; 2 Tm 3:16)
03 - A unicidade e universalidade de Cristo - Afirmamos que só existe um Salvador, Jesus Cristo, e um só Evangelho, embora haja uma variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização do mundo. (Jo 4:42; At 4:12)
04 - A natureza da evangelização - A evangelização em si mesma é a proclamação de Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o propósito de persuadir os homens, para que por intermédio Dele recebam perdão de pecados e reconciliem-se com Deus. (At 20:47; 2 Co 5:11,20)
05 - A responsabilidade social cristã - Afirmamos que a reconciliação do homem com o homem não significa a reconciliação deste com Deus, nem a ação social, nem a evangelização. "A fé sem obras é morta," e é nosso dever cristão amparar os necessitados indiscriminadamente. (Gn 1:26-27; Lc 6:27,35; Tg 2:14-26).
06 - A igreja e a evangelização - A igreja ocupa o ponto central do propósito divino e ela é o instrumento para difusão do evangelho. A evangelização mundial requer que a igreja toda leve ao mundo o evangelho integral em trabalho mútuo de cooperação. (Jo 17:21-23; At 1:8; Gl 6:14; Fp 1:27)
07 - Cooperação na evangelização - O propósito de Deus é que haja na igreja uma unidade visível de pensamento. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo que devemos nos esforçar em eliminar. (Ef 4:1-6; Jo 17:21)
08- Esforço conjugado de igrejas - Todas as igrejas juntas d e vem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo para alcançar o mundo, revelando assim o caráter universal da igreja de Cristo. (Hb 12:23)
09 - A urgência missionária - Com mais de dois terços da humanidade ainda não eficientemente evangelizada, como igreja, sentino-nos envergonhados da nossa negligência. Sendo cada geração responsável pela sua geração, esta é a hora da igreja orar fervorosamente visando à evangelização total do mundo. (Jo 4:9; Rm 9:1-3; 10:11-16)
10 - Evangelização e cultura - Afirmamos que a cultura de um povo em parte é boa e em outra parte é má, devido à Queda, por isso deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras, para que possa ser redimida e transformada para a glória de Deus. Diante disso, a evangelização mundial requer o desenvolvimento de estratégias e metodologias novas e criativas. (Mc 7:8,9,13; Rm 2:9-11; 2 Co 4:5)
11 - Educação e liderança - Reconhecemos a grande necessidade de melhorar a educação teológica, especailmente em se tratando de líderes de igrejas, existindo em todo povo enorme necessidade de ensino e treinamento para seus pastores e leigos nativos. (At 14:21-24; Tt 1:5,9)
12 - Conflito espiritual - Cremos que estamos envolvidos em guerra constante contra os principados e potestades do mal, que buscam destruir a igreja e malograr sua tarefa de evangelizar o mundo, semeando falsas doutrinas e mundanismo em nosso meio. O momento demanda vigilância e discernimento. (Jo 17:15; Ef 6:10-20; 2 Co 4:3)
13 - Liberdade e perseguição - A liberdade de praticar e propagar o cristianismo de acordo com a vontade de Deus é um direito nosso, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas não devemos nos esquecer de que Jesus nos advertiu de que a perseguição seria inevitável. (Mt 5:10-12; At 4:16-21)
14 - O poder do Espírito Santo - A evangelização mundial só se concretizará com uma igreja cheia do Espírito Santo, sendo Ele quem convence o homem do pecado. O Espírito Santo é o espírito de misões e tem um profundo interesse pelas nações. (Jo 7:37-39; At 1:8; 1 Co 2:4,5)
15 - O retorno de Cristo - Afirmamos que a promessa da segunda vinda de Cristo representa um incentivo a missões. Cremos que o período intermediário entre sua ascensão e o seu segundo retorno deve ser usado para o cumprimento da nossa missão como Povo de Deus. A obra missionária não poderá parar enquanto Ele não vier. (Mc 13:10; 2 Pe 3:13; Ap 7:9)
Fonte: Síntese do Pacto de Lausanne.